16 de abr. de 2011

Coração reprimido



“A vida perde a razão, o vazio e o oco se tornam tudo. Como se nada, nem ninguém existisse. A inércia do nada elabora meu próprio eu, sinto falta dos sorrisos, dos beijos, do seu doce aroma ao meu lado. Pergunto-me de que adianta este jurado ultimo copo a minha frente, simplesmente não vale. Um copo que vai se esvaziando e tudo permanece igual. As lembranças não me abandonam, o seu perfume, seu calor, seu gosto me acompanha. Em ninguém eu encontrei algo parecido. Foi preciso me procurar em todos os lugares pra ver que não existe um eu, você o estava formando.


De que vale a angustia, o desespero ou o arrependimento agora? Nada, você está tão longe. Erros por pura imaturidade, deslizes nunca serão apagados. Desejo-te nem muito nem pouco, te desejo agora, só queria um abraço. Os livros não me confortam ou abraçam, meu futuro já se cria sem sentido. De que vale tudo que sei, se apenas descobri que você elaborava a verdadeira razão. O nada, é dele que eu vivo agora, se tornou real pra mim, e assim vai ser.


Apenas peso perdão, erros cometidos, saudade sentida e sentimento imerso em um imenso mar congelado esquecido em algum lugar. Sinto sua falta, e não tenho direito e não quero te magoar, apenas viva, seja feliz, mesmo que pra isso eu precise..”


Na tela o rascunho parecia tão cheio de sentimento e opaco em esperanças, isso apenas era ela sendo ela mesma, se abrindo como antes, se permitindo viver novamente. Porem o click se dirigiu ao outro espaço "Apagar" e era tudo o que ela tinha a dizer a ele, tudo que ela sentia em relação a tudo "NADA" e assim ficou. Perdão pela imaturidade de uma menina que pensava seguir o caminho certo.


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