11 de dez. de 2011

Despertar

Eu até mesmo poderia sentir saudades, mas isso me tornaria fraca e tola. Todas as noites enquanto minha mente se mistura com meus medos e minhas vontades para criar ilusões fantásticas eu me encontro com ele. Posso sentir o toque de sua pele, ou seu suspiro suave sobre meu ombro, consigo até mesmo sentir quando seus lábios roçam meu cabelo e sussurram palavras sem nexo mesmo sem nada disso tendo acontecido de verdade. 
Todos os dias sinto seu perfume, mesmo mal conseguindo o  distinguir vultos distantes no meio da multidão, consigo ver seus olhos mesmo que de tão distantes não os enxergue,... aah os seus braços, sinto que fui feita para eles mesmo sem nunca ter sentido sua pele aveludada pelo meu toque. Isso sim é sonhar e suspirar por algo que nunca existiu, algo que pra ele nunca passou de um passatempo. O maior perigo não é confundir os dois espaços e sim me prender em um único e de lá nunca mais sair. Talvez despertar seja a minha única opção. Talvez seja a hora de despertar.. mas meus olhos se recusam a abrir.


28 de nov. de 2011

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Que a eternidade não exista para mim como lembrança falha ou uma multidão esclarecida, mas que ela seja passageira e não me diferencie de ninguém Que em total nada seja de mais em mim, porque sei que explodiria de estupidez. Que a história retome sua evolução, já que a humanidade foi tomada por uma falsa era. E que no final nós possamos sorrir sem medo para única certeza, aceitar e uma questão independente e consciente.

25 de out. de 2011

Meias conversas

    Não consigo nem mesmo descrever o que sinto, me perdi em meio a tantas frases que comecei a escrever. Cada palavra por mais correta e bem colocada que esteja está sempre equivocada. Talvez o problema não sejam as palavras, o contexto ou a realidade delas e sim o fato de estar perdida em meio a tantos fatos.    Queria poder olhar para o lado e sentir um doce sorriso maroto e olhos negros vidrados em mim com um aroma amadeirado rodeando-me, mas não consigo. Queria poder olhar em um reflexo e ver uma companhia fervorosa que a cada abraço faz com que eu me sinta protegida, ver ali um doce sorriso que eu tanto contemplo.    Tudo se mantem como um dia nebuloso, procuro frestas de raios e nenhum comete a ousadia de atingir o solo. Por um momento queria poder ter a ousadia de invadir ambas as mentes, não por comparação e sim por compreensão. A verdade e que aquele que mais me manteve presa por todo esse tempo não me pertence. 
   Por mais que as frases sejam ditas com cuidado e me atinjam de forma completa elas sempre serão vazias de confiança. Meias conversas nunca resolverão uma história mal ditada por ambas as partes, mas temo que se forem completadas o final será desastroso. Infelizmente sobrevivo passiva de erros, minha frágil alma humana. O que dizer quando algo tão forte lhe é dito de forma tão inesperada e verdadeira? O que dizer quando você simplesmente não acredita nesse sentimento, não ele individualmente mas em um coletivo, o que dizer quando para você o amor simplesmente é irreal? 
    Queria por um momento acreditar na existência desse sentimento tão implacável, mas essa realidade para mim parece tão imperfeita. Algo assim precisa ser permanente, visto apenas entre almas que se completam, algo tão raro como verdadeiro. Não desconsidero cada palavra dita e como ela me atinge e me surpreende, apenas não consigo entende-la por pura imaturidade talvez.

2 de out. de 2011

Voar

Ela estava sentada em um banco admirando o vai e vem das ondas e sua simplicidade, como tudo vive em certa harmonia. A água em sua plenitude azul e a linha mais perfeita do mundo; o horizonte. O vento roçava seu rosto levemente e secava sua lagrimas salgadas. Com um leve balançar de fios de um tom caramelo a garota pode sentir o aroma, o aroma de maresia que a fazia ficar tonta, mas que ela estava aprendendo a adorar.
As lagrimas que antes escorriam com relutância agora não podiam nem mesmo ser notadas, o vermelho dos olhos deu espaço a um branco neve com sutileza. Em uma resposta involuntária ela mordiscou os lábios rachados e os molhou, adquiriram um leve tom rosado porém as rachaduras eram evidentes. Seu nariz estava congelando pelo vento e isso lhe causava prazer. Podia se notar com certa insistência que ela se arrepiou por inteira. As pernas que antes eram abraçadas contra o corpo foram de encontro com a areia e por ali se afundaram. Em um sinal de esperança a garota abriu os braços levemente como se pulasse de um penhasco, fechou os olhos e sorriu.
Essa era a sua liberdade, ele a presenteou. Era essa sua carta de alforria para a vida. Com um tom individualista e nada arrogante ela vai sorrir e viver. Certas imprudências e loucuras resultantes em desastres provavelmente vão ocorrer, mas viver é exatamente isso. Ela decidiu ir o mais longe que a vida puder oferecer-lhe e ter ousadia de correr além dos limites. Ela vai voar.


29 de set. de 2011

One finally

Gostaria apenas de entender se tudo isso não passa de um jogo de palavras e se ele realmente esta acontecendo. Em cada frase em suas cartas procuro sinais de ambiguidade e quando os encontro temo ter sido criados por uma mente atordoada. Sem meias palavras, sem indiretas o que resta de sanidade em mim está se esvaindo. Então me diga, do que se trata todo esse jogo? Toda essa batalha estranha? Preciso saber, preciso me definir mas antes você deveria me ouvir.
Não sou perfeita e sou obrigada a fazer escolhas, pelo momento venho me deixando ser guiada pelo coração. Não devo ser aquela a qual você pede e nem desejo, pois não quero ser um presente se for pra ser que seja uma escolha. Tudo tem mudado tanto até mesmo meus preceitos. Sorrir tem se tornado obrigação mas nada causado diretamente por você e sim uma junção de cofatores que alteraram meu rumo. Vejo-me em um local que nunca imaginei, fazendo coisas que ainda me questionam por isso, porem nada de ignorante como antes. Tudo se tornou tão contraditório e minha maior vontade agora e fugir. Não estou fugindo de você ou de tudo o que representa, apenas estou fugindo de tudo o que ainda me prende aqui.
Em atos desesperados tenho procurado mil circunstancias que me levem para outro rumo. Queria por um momento entender porque minha mente ainda se perde em seu sorriso, em seus olhos e no seu simples toque o porque do palpitar imediato de um coração remendado quando escuta seu nome. Enquanto meu corpo me trair ao simples fato da sua presença, algo dentro de mim vai permanecer intacto. Eu sei que tudo e questão de tempo e eu o tenho se necessário. Sem ambiguidades e meio termos, vou gritando com palavras certas e estou pedindo o mesmo, se for referido a mim. Só estou tentando concluir tudo isso, e deixar de remoer algo que me machuque..

27 de set. de 2011

Insonia

A cada palavra digitada meu desespero por liberdade cresce. Verdades não podem ser escondidas daqueles que realmente olham nos seus olhos. Meu corpo não consegue se desligar, minha mente não me permite devaneios e a loucura vem me dominando. As horas passam, o cansaço aumenta, a solidão aumenta e com isso meu desespero. Gostaria de navegar em águas menos turbulentas mas sei que isso se tornou impossível.

Imagino como seria haver uma unica faísca entre esses dois pontos, mas entre nós só existe o vácuo se perpetuando. Digito essas palavras sem nexo afim de que as leia e entenda, estou lhe desejando boa sorte que vou em busca da minha. Meu corpo se remexe sobre o lençol branco o relógio me persegue, estou tentando me libertar disso e enfim dormir. Eu realmente estou pedindo ao tempo que ele se apresse em relação a você, e com ele essa angustia que não me permite fechar os olhos. Em algum momento eu sei, eu acredito que isso vai acabar.. ou eu simplesmente espero.

Respirar

Tem sido uma tortura viver, o simples ato de respirar me fere. A cada batida do meu coração, a cada pulsar de sangue pelas minhas veias eu consigo sentir a dor emanando de mim, e temo por não conseguir conte-la mais. A solidão tem feito isso comigo, a cada dia tem sido mais difícil viver.
 Sempre que abro os olhos imploro para acordar de verdade, e quando os fecho me pergunto se enfim serão lacrados pela falsa eternidade. Tremores me dominam em meio ao vazio mórbido em que vivo, a falsa sensação de obrigação e o que tem me feito lutar. Gostaria por um dia acordar e observar uma leve fenda em meus lábios, em frente naquela moldura que reflete um exterior falso.
 Enquanto vivo calada, com olhos opacos e em eterno silêncio posso ouvir sorrisos e gargalhadas abafadas as quais não consigo me ligar, pelo simples fato de não conseguir viver mais nada. Não imploro por companhia, pois compaixão seria o meu último fio de existência. Implorar seria me martirizar com verdadeiros cortes em meu corpo. Só gostaria de entender aonde me perdi, e o que eu perdi nesse longo percurso. Um percurso em que temo que seja mais um mártir que um presente, um percurso que não vivi nem um terço. Então rumo a minha vida e seus questionamentos que sei que não serão respondidos, pelo menos por agora.

14 de set. de 2011

Paginas reviradas

Eu conseguia observar os primeiros raios de sol cortarem o céu em filetes de um laranja quente. Meu sorriso era refletido sobre a água trêmula daquele lago misterioso. O cobertor que me aquecia enquanto meus lábios esbranquiçados e trêmulos liberavam uma doce fumaça, já não tinha mais a extrema necessidade de toda a madrugada. Meus olhos permaneciam opacos diante de tudo. Estava-me tornando cada vez mais só, com mais saudade e com mais medo do que sempre tive, medo não de me perder mas de nunca me encontrar.
Em certos momentos em que me permiti fechar os olhos e imaginar, observei pessoas em seus mínimos detalhes físicos e emocionais. Fui obrigada a me despedir de algumas, outras foram com certa relutância mas sem ressentimentos, mas algumas ainda ficaram e eu sorrio por isso. Ainda consigo ver olhos gentis me admirando com certa emoção e me faz bem pensar que eles ainda sentem a minha presença.
Olho em volta e ainda estou sozinha, pelo menos não estou confusa. Meus lábios começam a adquirir um leve tom rosado e meu coração martela batidas levemente mais fortes. Sinto falta daqueles quem me acompanhavam em quanto o céu escurecia. O frio estava passando ao ponto de retirar o cobertor, e sentir de forma menos intensa aquele frio que me rodeava.
O sol continua a nascer iluminando o céu com tons mais claros de um vermelho e amarelo difusos. Permito-me molhar meus pés descalços. A água gelada os faz adormecer em alguns minutos, um cheiro energizante me preenche. Um cheiro forte de incenso de alecrim me rodeia. Talvez seja minha mente me enganando ou talvez eu realmente esteja bem acompanhada, libertando permito-me preencher com todo aquele perfume. Fecho meus olhos novamente, inalo o doce cheiro com êxito. Preencha meu corpo e minha alma, quem sabe assim eu descubra se ainda há alguma.

25 de jul. de 2011

Desequilibrio


Depois de tanto tempo e tantas histórias, tudo voltou ao mesmo de antes. Em meus lábios um gosto amargo, a bebida queimava enquanto descia em minha garganta, meus olhos estavam vidrados em nada. O cigarro estava no fim, estático em meus dedos, meu corpo estava pálido e gélido Em minha volta o sangue era de um vermelho vivido, e ainda parecia de certa forma fresco, o mais estranho não era sentir e sim me observar. Eu me observava sem vida.
Então como um sopro inesperado, eu abro meus olhos e estou sentada, minhas mãos seguram com força o volante embora o carro não esteja em movimento, preciso decidir para onde ir. Eu poderia me culpar por cada sentimento estranho fervendo dentro de mim, se eu ao menos os entendesse. Perguntas sem respostas sempre permanecerão, e eu desisti de procura-las. Ao fechar os meus olhos eu descobri que me encontro em situações inusitadas. Queria por um momento estar longe daqui e longe de tudo, meu lugar não seria entre o céu e o inferno e menos ainda inerte em um dos lados.
Enquanto nada descubro em meu futuro, continuo com minha vida patética Minha vida grita por mim, insiste em sufocar os meus desejos e o tempo passa. Tenho que fazer algo. Enquanto isso me mantenho aqui sentada olhando para esta longa estrada, implorando para que alguém me obrigue a correr. Imploro por um pouco de adrenalina. Os riscos físicos me fascinam já que minha alma está tão deteriorada.

24 de jul. de 2011

Reconhecer



Minha mente me negou cada delírio, nada de goles quentes ou gelados, nada de uma doce ilusão. Meu corpo mesmo que pouco correspondeu a certas músicas, meu sorriso correspondeu a certas frases, mas em momento algum minha alma esteve ali comigo. O som que fazia meus ouvidos zumbir e sentia dentro de mim, como se nada me preenchesse. Pela primeira vez me permiti tentar viver mas sendo um eu que descobri em cada segundo de uma longa noite fútil. A noite mais diferente de todas, e aquela que jamais vou esquecer.
Não me reconheço, mas não signifique que me perdi. Sinto-me presa a algo que não sei, como se estivesse amarrada a algo da qual não me permiti fugir. Não sei bem o que ou como mas algo mantém certa gravidade em mim e ainda consigo respirar embora sem motivo. De certa forma eu posso sorrir e respirar mesmo que de forma parcial. Um dia eu sei que em algum lugar eu vou sorrir de forma profunda e verdadeira e nesse momento sim eu vou sentir meu coração bater novamente, minha alma ainda me faz acreditar.

11 de jul. de 2011

Apenas a verdade



Preciso que você entenda e me deixe seguir. Mesmo que toda vez que feche os olhos é ao seu lado que eu me veja, que certos sons se propaguem dentro de mim ou que eu ainda sinta seu perfume quando e menos conveniente, eu preciso que me deixe ir. Olhe nos meus olhos então e diga tudo o que tem pra dizer, estou cansada desse jogo. Minha garganta está seca, meus labios sangram a medica que insisto em precionalos contra meus dentes.


Olhe pra mim e diga apenas o que pensa então, sem jogo ou historias, vamos colocar um ponto, preciso de alguma conclusão. Minha boca seca embora implore minha mente nega cada gole de desvaneio, cada vicio meu foi corrompido. Minhas lembranças vem se misturando sem respostas. Sempre que meus olhos se encontram com os seus, mesmo que por poucos segundos, entro em colapso e perco a noção de tempo e espaço. A vida passa, e continuo sem respostas. O inverno tem se intensificado mesmo não podendo senti-lo. Apenas tenha certeza, estou farta de todas essas letras digitadas. Apenas me diga a verdade, sem desculpas, preciso seguir e tentar sorrir. Não quero seguir a vida pensando sempre qual foi o real final.





Não me deixe ir, posso não mais voltar.. (Clarice Lispector)

8 de jul. de 2011

Doce sonho alheio

Fecho os olhos e ainda sinto o gosto do beijo dele, ainda sinto seu toque suave sobre minha pele, ainda sinto o seu perfume amadeirado. Tudo isso não passa de uma lembrança, e isso dói. Queria poder olhar fundo nos seus olhos e lhe obrigar a me dizer. Preciso que ele me diga que não é um sonho, que não foi por maldade, e que em alguma parte dentro dele ele sente algo por mim. Eu sei do que preciso e eu sei o que eu desejo, mas tenho total consciência de que isso jamais vai acontecer.

Então novamente estou fechando meus olhos, me permita ao menos sonhar com algum momento mágico. O vento frio roça meu rosto, faz minha pele se arrepiar e eu sinto meus lábios se congelarem levemente. O cheiro do doce orvalho da manha me faz apenas desejar cada vez mais que nós ainda estivéssemos juntos. Em vez de blusas grossas eu queria seus braços em minha volta, eu trocaria o orvalho pelo seu perfume, e eu trocaria tudo por algum momento. Se ainda me permite vou voltar a sonhar, neles ainda me restam alguns respingos daquele beijo doce, alguns leves respingos de esperança nessa estrada. Eu sobrevivo sobre esse doce sonho alheio a realidade obrigada.

Seguindo


“Eu estou me tornando mais à-vontade com a sua ausência. Eu me esquecerei de cada gosto, de cada lembrança, me de tempo e você viverá sem vestígios meus. Estranhamente meus lábios se abriram em sinal de seus sorrisos, eu estou me despedindo. Não sorrio com você, mas quero sorrir por você. Posso ser de outro tempo, mas não quer dizer que ainda não combinamos apenas não nos pertencemos mais. A fotografia sempre vai ficar guardada, mas apenas guardada. Quando um dia eu puder admirá-la sem romper certas dores eu as admirarei e sorrirei com você até que meu tempo acabe. Nós nos encontramos em algum lugar, agora sorria e vá encontrar quem realmente lhe pertence. Em momento algum minha intenção foi quebrar você. Depois, um dia você a encontrará, eu tenho certeza disso. Não será fácil pra mim me prender, mas algum dia eu provavelmente poderei tentar, se realmente voltar a sentir tudo isso. O sol se apagou e a lua surgiu e nós ainda não nos conhecemos. Não há o que encontrar. Sem portas meio abertas, cuidei muito bem de trancar as janelas, então, por favor, siga-se. Se você foi embora talvez seja a hora de ir embora para casa, estou te livrando de todo esse fardo.”
Foi estranho de mais escrever cada palavra, mas ela tinha certeza de uma coisa, ela precisava permitir que ele vivesse. Ela admirava a vida seguindo seu rumo autêntico sem pertinências. A carta foi colocada na caixa do correio assim que ela vira o ônibus passar. Sua mochila parecia tão leve em suas costas como se nada realmente estivesse ali. Sem olhar para trás ela embarcou e fechou os olhos. Ela agora estava indo em busca da felicidade, esteja onde estiver. Pode ter demorado, mas ela viu que ele não a pertencia mais.

5 de jul. de 2011

Maio/1968

Maio de 1968
“Você me observava como um pintor admira sua Monalisa, seu olhar me contempla em certos momentos. Esses momentos variam por um olhar vago e indeciso. Gostaria de entrar um pouco em sua mente e realmente entender como me vê. Seus momentos de admiração me permitem uma felicidade única porem, eu imploro, eu não sou perfeita não me veja assim. Preciso que veja minhas imperfeições, preciso que olhe pra mim com olhos humanos e veja que não sou tão rara e bonita assim. Sou apenas uma entre tantas, que não se destaca. Não tenho olhos chamativos ou um corpo atraente, permaneço sempre escondida. Sou a pequenina que fica no fundo, que não atrai atenção pra si e nem deseja. Sou uma simples e tola mortal que erra e que questiona como é a simples ilusão da morte. Não quero que me siga, nem que se guie pelos meus passos. Preciso ser guiada pelos teus, preciso que seu sorriso me acorde e que seja ele que permita fechar meus olhos. Seria bom não tomar decisões ,mas seria pior ainda não pensar. Então digo que o bastante é você quem decide.Meu doce menino, olhe pra mim com seus olhos quentes e apenas diga o que pensa e faça o que quiser, não permita que ninguém decida o que fazer. Meu bebe eu espero que entenda eu apenas quero sorrir ao seu lado.”

1 de jul. de 2011

Incognita


Se você realmente olhasse em meus olhos veria como eles brilham. O jeito como me observa marca meu passado, meu eu presente ignora aquelas antigas ações. Entendo que simplesmente queira viver, agora eu já não me dou a esse luxo. Eu estou seguindo, não para o meu tão sonhado encontro, caminho pra minha vida. Sem certo ou errado, sem decisões eu vou seguindo. Pessoas me abraçam, sorriem pra mim, posso sentir o orgulho delas sobre minha pele. Minha superfície macia e marfim se arrepia, elas realmente estão orgulhosas por algo que fiz, mas pra mim não é o suficiente. Se esse é o nosso adeus, tenho muito que te agradecer.
Meu coração realmente está preenchido, e por você sorriso maroto, ele nunca se esvaziou. Tempo de mais se passou e fiz coisas que não eram do meu feitio então até quem sabe aonde. Você realmente aprendeu a me prender a você. A chuva cai, o vento sopra lembre-se que sempre estive ai. Seguro com força o volante, sinto a estrada ir cada vez mais rápido abaixo dos meus pés, eu estou seguindo o meu verdadeiro caminho. Você é uma doce incógta permanente.

27 de jun. de 2011

Dia frio


O dia está frio, e meu corpo está reagindo. Tão doce todo esse tremor, ele me faz esquecer do medo. O frio é um doce sinal do inverno. A pele marfim vem se cristalizando e se tornando mais branca com o declínio da temperatura. Em minha cama, admiro o tão plendido teto branco. A cada trago eu vejo a minha amarga realidade, a solidão. Eu estou sozinha na multidão, eu estou sendo devorada por dentro. Meus verdadeiros amigos não estão caminhando comigo, apenas os falsos egoístas que sorriem e não entendem o verdadeiro prazer de viver. Pego-me escrevendo textos em meio às aulas, mas não tenho mais a quem pedir opinião, todos a minha volta estão muito ocupados. Ao meu lado uma luz brilha, a mensagem foi enviada. Ao perceber o vago clarão encosta meu rosto, mais um trago. Que a nostalgia me domine, já não sei se vou ter resposta.Eu pesso, eu imploro por mais um dia frio. Ei doce sorriso maroto, não se engane quanto aos meu vicios representados.

26 de jun. de 2011

Will you listen to my story?


Lá estava ela novamente, sentada em seu carro, dirigindo para um lugar qualquer. Em seus lábios o gosto amargo da garrafa na metade. Enquanto levemente levava aquele liquido forte em seus lábios, o som grave a sua volta fazia tudo tremer. A mensagem anônima não saia da sua mente “Correr atrás do que deseja, não quer dizer que irá alcançar. Mas se você não tentar, como irá saber?”. Unhas roídas, cabelo bagunçado, mente atordoada. Não sei dizer como nem o porquê ela está assim. No banco do carro vão acumulando seus cigarros e garrafas vazias. Ela apenas está dirigindo. Enquanto o vento frio corta o seu rosto, seu cabelo se debate contra o nada, seus olhos pedem por um descanso. A doce menina de olhos negros e cabelo castanho com mechas loiras, precisa descansar.
Seus olhos se fecham por alguns instantes e seus lábios se abrem em um meio sorriso. Por poucos segundos eles permaneceram fechados. Tempo suficiente para que ela sonhasse que seu telefone tocara e tempo o suficiente para ela tomá-lo em suas mãos. Ao abrir os olhos à estrada vazia corria rápido abaixo de seus pés, ela disca o número e o admira. Ela deixa o celular cair sobre seu colo. De longe pode se ouvir o motor de um Chevrolet Impala 1967 modificado rugir. O ponteiro perdeu o rumo, o caminho a sua volta corre. Pra onde ela está indo? Talvez ela só vá descobrir quando chegar. Seus dedos pálidos aumentam o som “Sorry-Daughtry”.

25 de jun. de 2011

Apostas feitas


Sento-me a mesa, tremendo enquanto tento segurar meus olhos presos nos seus. Seu rosto marfim em perfeito contraste com o cabelo negro se mantêm sem expressão. Pego as cartas e as seguro firmes em minhas mãos. Meu copo permanece parcialmente cheio, cada gole me leva a um sonho novo. Temo bebê-lo por inteiro e não mais acordar. Meus lábios mantêm uma linha de indecisão. Meus olhos negros sofrem pequenos colapsos de brilho. Enquanto minha mente se embaralhada em todo esse jogo, meu corpo permanece inerte. Em minha mão a minha jogada quem vai ganhar ou perder? Acho que não teria vencedor ou perdedor, o premio é algo indefinido. Meus dedos gélidos empurram minhas montanhas de fichas para o jogo. Assim eu vou, apostas são feitas. Aposto tudo. Viro minhas cartas, preciso pedir para que vire suas cartas também. Então me diga quem ganhou?

24 de jun. de 2011

Colapso inconsciente



As letras fogem de mim. Frases mal feitas não se completam, não criam sentido, embora seja tudo o que eu tenha pra gritar. Minha indecisão, minha loucura, meu desespero eu preciso gritar. Não sei escrever, não consigo ler, não consigo pensar, estou aqui pedindo socorro por você me deixar louca, então me diga. Toda essa incerteza me consome. A verdade é que meu orgulho foi deixado de lado, e não tomar as decisões tem me deixado apreensiva. Não ter certeza, não saber se algo poderá ter um começo me atordoa. Com uma mente vazia a não ser por você eu entro em colapso. Todas as vezes que o telefone toca, eu imploro pra que seu nome apareça, em vão. Sorrir e chorar são extremos duvidosos. Aqui eu fico, enquanto gritam em meu ouvido “Você sabe que acabou.” e meu coração tenta bloquear tudo isso.

21 de jun. de 2011

Apenas me diga..


Ainda não sei bem se alguém caminha perto de mim, ou se apenas imagino coisas. Vejo um céu azul, limpo e claro. Ao longe eu posso escutar o doce contacto de pingos de seiva sobre uma pequena poça, a tempestade enfim se foi. Temo olhar e não vê-lo ou ser obrigada a olhar para trás em busca do seu perfume e ter tal certeza. Enquanto eu espero calmamente enfim algo acontecer, algo me dar um sinal, eu vou caminhando. Não sei bem quando e não tenho certeza de onde tudo isso vai acabar, com a total esperança eu vou seguindo. Só te pesso que me diga o que fazer. Apenas me diga, pois tenho sido como uma boneca. Posso me desligar quando necessário, apenas me diga se devo apertar o botão e seguir o rumo que traçaram pra mim. Bonecas não tomam decisões ou possuem sentimentos, mas você em algum momento me tornou uma boneca diferente.

Doce.. falsidade




Perdão mas minha garganta está seca de mais para me permitir sonhar, meus lábios estão sangrando e meus dentes insistem em cortá-los. O sangue que tento fazer esvair-se não vai embora, o coração que tento silenciar não para. Porque? Minhas lagrimas agora possuem um dono amargurado, a mentira. Como seria acordar mais uma manhã, seguir sua rotina e descobrir que todos são mentirosos? Como seria abrir os olhos e ver quão falsos seus melhores amigos são? Como seria ver nos lábios deles o sorriso de ironia quando você vê uma amizade se esvaindo?
Eu queria não ter acordado, queria ter permanecido com os olhos fechados e não voltar para lá, aonde todos são falsos e egoístas. Aquela em quem eu confiei tudo, nada tem de verdadeiro. Eu mesma vendei meus olhos e não enxerguei, quando ela se referia aos outros daquela maneira rude. Quando ela os desprezava, em algum momento ela me martelava. Prefiro me desligar, o tempo com eles este mundo podre está no fim agora.
Eu posso sentir minha mente perder-se, queria acreditar em fidelidade, em amizade verdadeira, em sinceridade, mas tudo isso se foi. Uma escolha errada me obrigara por um ano viver na falsidade. Perdão, mas não suporto mais. A menina de alma transparente não está ao meu lado, aquela que eu realmente deveria chamar de melhor amiga. Enquanto eles riem pelas minhas costas, meus fracos braços amassam aquela nossa foto, com sorrisos falsos de uma amizade irreal. Demorei mas eu me levantei ei garota esnobe, ei garota inerte, você mesma garota superior, você não passa de nada, um simples lixo que ainda não foi jogado fora. Minha visão embaça, e ao fundo escuto gritos, ao fundo escuto me chamarem. Golpes fortes contra uma porta bem trancada, gritos de socorro, gritos por mim. Eu sei que nada disso é real. Vocês doces amigos falsos, nunca foram reais.

20 de jun. de 2011

Caminhar.. sem dia, nem hora.

“Sem dia nem hora, o tic-tac do relógio que você não escuta martela na minha cabeça. Mais de uma semana se passou e eu perdi seus passosna areia, estou perdida no meio do nada. Preciso de ações quando meu ego me interromper me prende e pede pra seguir em frente, em busca de tudo que está me esperando. Quando olho pra traz, algo no meu coração pesa e eu sei que são meus pecados. Por todo o meu dia, pensei em nada alem de você, não me concentrei quando foi exigido, não respondi quando fui chamada, estou perdida. Não aguento mais isso, toda essa confusão.
Meu dedo rasteja sobre as teclas, e escrevo uma mensagem sem nexo, perdão por não enviá-la, talvez não seja o momento. Estive tentando manter tudo isso esquecido, por nós dois, talvez. Procurei tantas vezes formas de esquecer, sons fortes e rítmicos martelavam, sons tão altos. Bebidas doces que me soltavam pessoas que me faziam rir, mas não o meu sorriso com você. Pergunto se é fato que tudo terminou. Questões que não exigirei respostas, meu doce sorriso maroto, quando puder me responder. Se escolher que deve seguir alguns poucos passos que sejam e não fazer planos ao meu lado, estarei aqui, eu creio. Você possui um lema, fico feliz por isso, eu estou em busca do meu, em algum lugar eu sei que ele existe.Eu temo tomar decisões, e de nada valerem, por você simplesmente se esvair de tudo. Então vou caminhar quem sabe algum dia nos encontremos, não?”
A menina com olhos negros flamejantes admirava tudo que havia escrito suas letras algumas vezes saia da linha, mas nada que fosse muito perceptível. Em sua volta um campo de flores, sem borboletas ou pássaros cantando, ela estava sozinha. A menina com uma maquiagem leve e um papel na mão direita, onde uma tatuagem chamava atenção. A menina do Yin Yang no punho cicatrizado, dos olhos baixos e de lábios silenciosos, está caminhando em algum lugar, não sei bem explicar aonde. Ainda me lembro de ouvi-la falar:
-Vou caminhar.
-Por quanto tempo?
Sua consciência perguntou, ela olhou em volta e um rio fundo e sombrio.
-Sem dia, nem hora.
Sua consciencia gritava para ela voltar, sem ao menos um aceno ela foi simplesmente caminhar com uma carta em sua mão. A terra a estava dando mais segurança neste momento, toda essa incerteza de navegar, já nem sabe o que fazer.

18 de jun. de 2011

Aonde você está agora?


"Tornou-se tão insensato sorrir longe de você. Todas as freqüências que escuto ou sinto, parecem ser distantes de nós. Queria ter todas as respostas embora tudo me pareça irreal. Meus olhos negros descansam e procuram a calmaria. O inverno parece realmente tão distante, mas posso sentir o frio na minha pele, o arder em meus olhos, o congelar dos meus lábios. Minha mente vaga e me leva a um lugar aonde uma lareira acesa me aquece de forma incessante. Se for um sonho, não me acorde, se for real eu também preciso de respostas. Enquanto nada descubro, navego em um rio fundo e sombrio. Eu desejo um sorriso que não encontro. Onde você está agora, meu sorriso maroto? Espero não navegar no rio errado, e quem sabe ainda sentir seu doce perfume amadeirado impregnado em minha roupa. Perdão por palavras enxutas e apressadas, mas o tempo corre e eu também tenho duvidas."
Na carta não havia destinatário e nem era necessário, todos sabiam a quem deveria ser entregue. O avião decolara e o rosto da garota loira se apoiara na poltrona, seus olhos se fecharam, o texto havia sido mandado. Ela apenas sonharia, enquanto sua boca murmurava algo como "Aonde está você agora? Além de aqui dentro de mim?"

12 de jun. de 2011

Valentine's day

De olhos fechados me perdi por alguns segundo, me permiti sentir seu perfume amadeirado. Enquanto o cheiro me consumia, sua voz tonteava meus ouvidos. Podia sentir seu gosto em meus labios sem ao menos precisar tocar os seus. Ele susurrava em meu ouvido, algo me apressando, algo como um feliz da dos namorados. Esse seria o nosso dia dos namorados, ao menos pra mim ele se tornou nosso. Rapido de mais, um dialogo breve de mais, minha boca se forçou a perguntar:
-Porque você está fazendo isso?
-Porque eu sou mal.
-Não faça isso por maldade, por favor.
-Não estou fazendo.


Tudo foi rapido de mais, minhas pernas tremeram, meu corpo perdeu todos os movimentos e minhas mãos já não pertênciam a mim. Meu labios se movimentavam de forma que minha mente não controlava. Minha mente implora para que não seja de fato maldade, que não seja vingança e que ele não tenha dito “até” sem motivo qualquer, que meu “tchau” não tenha sido o ultimo, e que mesmo no dia dos namorados, talvez seja simplesmente um novo começo. Novos começos nem sempre são novos, mas eles podem existir. Talvez assim sem questões, você entenda garoto do sorriso maroto.

Dor incerta


Meus olhos abrem com desespero, procuram pela realidade, talvez. Eu olho a minha volta e me do conta, você se afasta mais a cada dia. Olhares se direcionaram pra mim por uma noite, o suficiente pra mim não me sentir tão mal mais, porem você não estivera em nenhum dos olhares que encontrei em mim. Por três vezes me senti pressionada a te esquecer, foram me oferecidas três chances, mas isso me machuca. Eu preciso tirar cada sintoma de você, mas eu ao mesmo tempo desejo toda essa dor em mim.
A primeira das chances que me foi oferecida eu seria acompanhada e guiada, me guardaria, tenho certeza que quando olhasse para ele te veria isso sim me machucaria mais. O segundo era desejado, almejado, como uma opção irrecusável aonde ele era o centro e ainda fui questionada, o verdadeiro problema? não vi nada seu nele. O terceiro como uma necessidade desesperada de não te querer, com frases rudes e hipócritas, mas com uma surpresa. Ele também faria coisas por mim e me protegeria, mas não seria você.
Agora eu vejo as verdadeiras opções e me pergunto, porque e até quando¿ Não sei, e odeio isso. Eu não vou suportar por muito. De nós dois eu ainda guardo uma mala cheia de lembranças, mas não por muito tempo, já mal suporto carregar ela comigo, a dor se tornou presente de mais em minha alma, aqui vou a uma tentativa de adeus pra todos os seus talvez, então me escute, se realmente quer ou precisa me falar algo, fale. Dói de mais viver a tormenta da incerteza, dói de mais gritar e não ser escutada. Não se preocupe esse não será o seu presente.

7 de jun. de 2011

Complicado de mais

Observo-te escondida entre a multidão, seu olhar não se dirige a mim e de certa forma agradeço, temo encontrá-lo e perder minha pouca sanidade. Seu sorriso maroto é tão claro e bonito, seus olhos brilhantes iluminam tudo a sua volta, te ver assim mesmo que de longe me faz bem. Queria poder te abraçar, olhar nos seus olhos e saber que não me odeia. Toda essa incerteza me consome a distância, gostaria de abraçá-lo hoje, eu realmente lhe quero bem e feliz, eu quero que viva.
Seu perfume amadeirado me causaria êxtase, seus olhos me encantariam, seu toque me faria tremer, então mesmo de longe, viva meu garoto de sorriso maroto, espero que viva sempre. Eu me obrigo a continuar caminhando, a te esquecer e voltar pro meu mundo, o copo gelado adormece meus dedos e minha boca recebe esse gosto amargo agradecendo, e pedindo apenas por um meio de perder a sanidade. Tudo é tão incerto, então me manterei aqui, nessa inércia vazia, talvez a rocha se quebre um dia afinal. Tudo se tornou complicado de mais pra poder entender, tudo isso... todo esse agora. Meu sorriso maroto, viva

1 de jun. de 2011

Como um ...


Hoje eu sonho com o meu amanha, hoje eu o desejo. Em meu sonho eu acordo com seus delicados beijos, abro meus olhos e a intensa luz do dia me apresenta você, observamos as borboletas na parede, são tantas. Então vem a realidade, eu me levanto com um sopro violento o sol tenta me aquecer, assim como seus braços fizeram um dia, mas nada se compara. Seu sorriso maroto fazia com que meus lábios se abrissem levemente por reflexo, hoje eles mal apresentam uma mínima fenda que seja. Minha identidade é questionada, não por uma questão de realidade e sim de princípios.
A menina de cabelos castanhos, a garota com sorriso inocente e olhos brilhantes, sempre rodeada por todos, se foi. Em seu lugar nascera à garota de carlifolianas, de sorrisos mortos e brilho opaco, sozinha acompanhada por um livro na mão direita e uma mochila presa no ombro esquerdo, ela escolheu viver. Talvez tenha feito a escolha errada, talvez a certa, mas será que valeu apena? Sim ela sorriu novamente, ela se saíra bem no vestibular, mas como estava sua vida? Ela ainda tinha uma? Ela tinha algo, um futuro certo, mas o garoto de sorriso maroto com certeza não estará lá, disso ela tinha certeza.
Todos os dias quando ela se via em frente à mesma estrada correndo abaixo de seus pés, alguém gritava em seu ouvido “O esqueça, ele não vai voltar nunca.” A esperança ainda resta em partes dentro dela, embora a certeza exista em sua razão, seu coração insiste em não crer. Ela precisa ver, ela precisa presenciar o fim e quem sabe assim ela vai voltar a não crer em amanha. Um dia seu lema foi “Carpe diem” hoje ela luta para achar um, mas tem sido impossível. O dia pra ela já fora tão rodeado de cores como um pana-panã, hoje se tornara negro como o simples vácuo, onde a vida não se propaga.

29 de mai. de 2011

Sorrisos mortos


“Todos os dias eu me lembro de seu doce sorriso maroto. Memórias costumam a ser nebulosas e vagas, mesmo dele minhas lembranças são muito opacas. Alguns detalhes sempre inesquecíveis, como seu sorriso doce e maroto, seu olhar brilhante e até mesmo sua forma de me abraçar. Pego-me imaginando como seria se tudo voltasse, se o mundo girasse ao contrario ao menos uma vez se ele estivesse aqui.
Minha boca muda e meu corpo frio é notado por poucos e sempre ignorados. O único fio de expressão que ainda restou foram sorrisos mortos e lagrima secas, que eu insisto e tentar reviver. Eu não estou pedindo por perdão, jamais ousaria já que eu não me perdoei. Eu não estou implorando por uma segunda chance, eu apenas quero ser ouvida. Meu orgulho e medo precisam ser esquecidos por um breve momento, preciso gritar.”

O texto não ficara como ela queria, o “Del” parecia chamar por ela. O arrependimento viria das conseqüências futuras e não de seu orgulho ou medo. Ela não tinha mais sonhos, ela queria apenas a realidade. Infelizmente sua realidade é solitária e fria, sua realidade é essa.

28 de mai. de 2011

Simplesmente o nada


Encontro-me sentada em meio ao nada, aonde ninguém pode me escutar. Minha garganta está coçando, eu preciso gritar, eu preciso ser ouvida. Minha boca mal se abre e o som se contrai dentro de mim. Talvez seja meu orgulho ou meu medo. Um orgulho bobo de quem pensa unicamente em si, um medo repugnante que me faz viver nessa maldita inércia. Sem ninguém ao meu lado, o vento chicoteado minha face, o frio exposto por meus lábios trêmu-los, o tic-tac me chama atenção. O tempo passa, o ano passa e eu continuo no mesmo lugar, eu quero gritar, preciso que olhe pra mim, que me veja.
“Você não me enxergar? É você, você não se encontra descrito? É você, meu .... Está ocupado de mais pra mim? Porque não me da ao menos um sinal do que pensa? Olhe pra mim, me faça sorrir, me faça viver, caminhe ao meu lado. Hey por que você não me vê? Ao menos me responda, sorria ou me ignore, você sabe.” Minha mente gritava, meu corpo gritava porem minha boca jamais gritaria, e você jamais ouviria, você está longe de mais e ocupado de mais pra mim. Hoje eu sei que o porquê, você está ocupado de mais, estranhamente eu fico feliz por isso. Sorria e viva, eu vou continuar admirando o silêncio e sua plenitude, talvez algum dia eu consiga gritar.
Volto a olhar pro nada, quem sabe lá seja o meu lugar.

25 de mai. de 2011

The rock




Como você se sentiria se fosse uma pedra? Quando seu corpo treme, seus lábios secam, suas veias dilatam e seu coração salta, você o viu. Bom, isso não acontece com pedras, isso não acontece comigo. Apenas uma música, uma voz, um tom faz essa pedra levar solavancos rumo ao vácuo, mas nada acontece. Lágrimas não escorrem por motivos reais , sorrisos não se abrem em verdadeiro, olhos não brilham como antes.
Meu punho dói, a lamina se pinta de vermelho, meu corpo desfalece, minha mente gira. O sangue apenas ameaça se esvair causando uma sensação reconfortante, me fazendo sentir algo. O sorriso maroto, os olhos gentis e a voz alegre, nada disso faria a rocha se quebrar, mas faria ela estremecer. Como nada vai acontecer o que me resta e sorrir pro vácuo, o sorriso não me pertence e nunca mais será meu novamente. Melodias pesadas e rudes são as únicas que me permito ouvir, sonhos que forço terminarem, a razão que as vezes me provoca uma felicidades de 3 segundos.
O sol se esconde, a lua nasce, o sol ressurge e isso se acompanha por dias como a minha rotina. Por rotina estou aqui de novo e meu corpo no chão, um cigarro aceso ao lado e meu copo de whisky com gelo derretido envolvido por dedos frágeis, o sangue ainda teima em ficar em minhas veias, talvez por que rochas são resistentes, infelizmente.

8 de mai. de 2011

Vertigem

Meu corpo dolorido e fraco implora pelo seu descanso, minha mente que vaga em dias errôneos implora por um sono profundo. Sonhar já não me é mais permitido, desde que isso me fere com cortes fundos. Se sonhar já não é seguro, me pergunto como ainda posso viver. As palavras se tornaram vazias como tudo a minha volta. Aqueles que eu um dia os declarei amigos se foram, tão pouco deixaram vestígios. Com uma única mão eu lhe diria os motivos para obrigar meu coração a pulsar, e um par delas não seriam suficientes para obrigar o sangue e fugir de minhas veias. Um estranho alvoroço existe dentro de mim, e temo por uma decisão (in)consciente aonde alguém se machuque.Uma vertigem de pensamentos me inundam sem licença. Meu corpo e minha mente pedem um esquecimento ao menos parcial, meus olhos já não permanecem secos e minha boca treme não de frio mas de medo. Enquanto existir o fino e pequeno fio de esperança em algum lugar em mim, vou me manter aqui digitando por socorro.

1 de mai. de 2011

Eu só quero..




Seu sorriso maroto era a minha ultima lembrança daquela alma translúcida e gelatinosa. Você poderia o moldar como quisesse talvez por isso eu o amasse tanto ou talvez por isso não demos certo. Seu rosto angelical com um suave toque de homem, aos meus olhos era apenas um menino. Sua pele marfim contrastava com perfeição com seu cabelo negro, seu perfume tinha um aroma amadeirado e o seu abraço me aquecia como uma lareira acesa em pleno inverno. Por mais que tente descrever como era estar ao seu lado, em seus braços, em meio a beijos ou a um simples olhar a distancia é impossível. Minha percepção a tudo se tornou inútil, já nada sinto ou desejo, já nada almejo. Eu só quero dormir e voltar para o sonho com aquele do sorriso maroto.




24 de abr. de 2011

(In)consciência


Minha cama se tornou como meu refugio, meus sonhos criaram meu mundo paralelo, mas não sei se devo temê-los pela sua esperança prometida ou sorrir pelo momentâneo prazer. Abrir os olhos me leva ao desespero habitual, esse mundo já não me pertence. Todos aqueles em quem eu confiei, acreditei e me apoiei desapareceram aos poucos na nevoa densa. Sinto-me em um vagão vazio dentro de um trem perdido sem paradas, os passageiros em sua maioria desceram em pares quando alguns poucos ao menos disseram adeus. Um trem qualquer, desgovernado, sem tripulantes ou passageiros, um trem fantasma que habita uma única alma torturada.
As respostas foram mudas aos gritos de socorro, talvez eu apenas deva aceitar, o tempo passou e meu lugar já não é mais esse, talvez eu nem tenha um lugar propriamente dito ou o meu lugar seja em meus sonhos. Tantas falsas dúvidas.
Sonhos se tornaram reais e a realidade agora só não passa de um pesadelo a onde o destino certo é sempre a solidão. Um coração de vidro vazio, uma mente bagunçada e cheia, uma alma torturada por promessas quebradas, essa talvez seja ela, ela talvez seja eu, ou talvez ambas não sejam mais ninguém.

16 de abr. de 2011

Coração reprimido



“A vida perde a razão, o vazio e o oco se tornam tudo. Como se nada, nem ninguém existisse. A inércia do nada elabora meu próprio eu, sinto falta dos sorrisos, dos beijos, do seu doce aroma ao meu lado. Pergunto-me de que adianta este jurado ultimo copo a minha frente, simplesmente não vale. Um copo que vai se esvaziando e tudo permanece igual. As lembranças não me abandonam, o seu perfume, seu calor, seu gosto me acompanha. Em ninguém eu encontrei algo parecido. Foi preciso me procurar em todos os lugares pra ver que não existe um eu, você o estava formando.


De que vale a angustia, o desespero ou o arrependimento agora? Nada, você está tão longe. Erros por pura imaturidade, deslizes nunca serão apagados. Desejo-te nem muito nem pouco, te desejo agora, só queria um abraço. Os livros não me confortam ou abraçam, meu futuro já se cria sem sentido. De que vale tudo que sei, se apenas descobri que você elaborava a verdadeira razão. O nada, é dele que eu vivo agora, se tornou real pra mim, e assim vai ser.


Apenas peso perdão, erros cometidos, saudade sentida e sentimento imerso em um imenso mar congelado esquecido em algum lugar. Sinto sua falta, e não tenho direito e não quero te magoar, apenas viva, seja feliz, mesmo que pra isso eu precise..”


Na tela o rascunho parecia tão cheio de sentimento e opaco em esperanças, isso apenas era ela sendo ela mesma, se abrindo como antes, se permitindo viver novamente. Porem o click se dirigiu ao outro espaço "Apagar" e era tudo o que ela tinha a dizer a ele, tudo que ela sentia em relação a tudo "NADA" e assim ficou. Perdão pela imaturidade de uma menina que pensava seguir o caminho certo.


5 de abr. de 2011

Inevitável

As noites tem se tornado cada vez mais escuras e frias, minha mente vive em uma ilusão profunda. As palavras que fogem de mim, os meus pensamentos que voam em rumos opostos, tanta coisa e tão pouco tempo. Agora meus olhos brilham mais não de felicidade, mas da angustia guardada pelo erro enfim admitido. Fora preciso muito tempo para aceitar que foi perdido. Hoje meus braços sentem sua falta, minha boca tem se tornado seca e amarga. Os sonhos que antes eram poucos e esperançosos agora tão pouco existem, mas ainda sinto uma faisca dentro de mim. Como se nem tudo estivesse encerrado em minha mente, embora na realidade tudo se torne impossivel, o inevitavel e o almejado. Vivo cada dia em busca daqueles sorrisos e daquele calor, mas que pra sempre serão apenas na memoria, o seu perfume ainda se mantem impregnado na minha ilusão. A sombra que me toma se mantem ali, e não sei até quando, talvez seja pra sempre. Que se for pra sempre se torne opaco o que ainda faisca, viver em sonhos seria menos doloroso do que a solidão certa.