27 de jun. de 2011

Dia frio


O dia está frio, e meu corpo está reagindo. Tão doce todo esse tremor, ele me faz esquecer do medo. O frio é um doce sinal do inverno. A pele marfim vem se cristalizando e se tornando mais branca com o declínio da temperatura. Em minha cama, admiro o tão plendido teto branco. A cada trago eu vejo a minha amarga realidade, a solidão. Eu estou sozinha na multidão, eu estou sendo devorada por dentro. Meus verdadeiros amigos não estão caminhando comigo, apenas os falsos egoístas que sorriem e não entendem o verdadeiro prazer de viver. Pego-me escrevendo textos em meio às aulas, mas não tenho mais a quem pedir opinião, todos a minha volta estão muito ocupados. Ao meu lado uma luz brilha, a mensagem foi enviada. Ao perceber o vago clarão encosta meu rosto, mais um trago. Que a nostalgia me domine, já não sei se vou ter resposta.Eu pesso, eu imploro por mais um dia frio. Ei doce sorriso maroto, não se engane quanto aos meu vicios representados.

26 de jun. de 2011

Will you listen to my story?


Lá estava ela novamente, sentada em seu carro, dirigindo para um lugar qualquer. Em seus lábios o gosto amargo da garrafa na metade. Enquanto levemente levava aquele liquido forte em seus lábios, o som grave a sua volta fazia tudo tremer. A mensagem anônima não saia da sua mente “Correr atrás do que deseja, não quer dizer que irá alcançar. Mas se você não tentar, como irá saber?”. Unhas roídas, cabelo bagunçado, mente atordoada. Não sei dizer como nem o porquê ela está assim. No banco do carro vão acumulando seus cigarros e garrafas vazias. Ela apenas está dirigindo. Enquanto o vento frio corta o seu rosto, seu cabelo se debate contra o nada, seus olhos pedem por um descanso. A doce menina de olhos negros e cabelo castanho com mechas loiras, precisa descansar.
Seus olhos se fecham por alguns instantes e seus lábios se abrem em um meio sorriso. Por poucos segundos eles permaneceram fechados. Tempo suficiente para que ela sonhasse que seu telefone tocara e tempo o suficiente para ela tomá-lo em suas mãos. Ao abrir os olhos à estrada vazia corria rápido abaixo de seus pés, ela disca o número e o admira. Ela deixa o celular cair sobre seu colo. De longe pode se ouvir o motor de um Chevrolet Impala 1967 modificado rugir. O ponteiro perdeu o rumo, o caminho a sua volta corre. Pra onde ela está indo? Talvez ela só vá descobrir quando chegar. Seus dedos pálidos aumentam o som “Sorry-Daughtry”.

25 de jun. de 2011

Apostas feitas


Sento-me a mesa, tremendo enquanto tento segurar meus olhos presos nos seus. Seu rosto marfim em perfeito contraste com o cabelo negro se mantêm sem expressão. Pego as cartas e as seguro firmes em minhas mãos. Meu copo permanece parcialmente cheio, cada gole me leva a um sonho novo. Temo bebê-lo por inteiro e não mais acordar. Meus lábios mantêm uma linha de indecisão. Meus olhos negros sofrem pequenos colapsos de brilho. Enquanto minha mente se embaralhada em todo esse jogo, meu corpo permanece inerte. Em minha mão a minha jogada quem vai ganhar ou perder? Acho que não teria vencedor ou perdedor, o premio é algo indefinido. Meus dedos gélidos empurram minhas montanhas de fichas para o jogo. Assim eu vou, apostas são feitas. Aposto tudo. Viro minhas cartas, preciso pedir para que vire suas cartas também. Então me diga quem ganhou?

24 de jun. de 2011

Colapso inconsciente



As letras fogem de mim. Frases mal feitas não se completam, não criam sentido, embora seja tudo o que eu tenha pra gritar. Minha indecisão, minha loucura, meu desespero eu preciso gritar. Não sei escrever, não consigo ler, não consigo pensar, estou aqui pedindo socorro por você me deixar louca, então me diga. Toda essa incerteza me consome. A verdade é que meu orgulho foi deixado de lado, e não tomar as decisões tem me deixado apreensiva. Não ter certeza, não saber se algo poderá ter um começo me atordoa. Com uma mente vazia a não ser por você eu entro em colapso. Todas as vezes que o telefone toca, eu imploro pra que seu nome apareça, em vão. Sorrir e chorar são extremos duvidosos. Aqui eu fico, enquanto gritam em meu ouvido “Você sabe que acabou.” e meu coração tenta bloquear tudo isso.

21 de jun. de 2011

Apenas me diga..


Ainda não sei bem se alguém caminha perto de mim, ou se apenas imagino coisas. Vejo um céu azul, limpo e claro. Ao longe eu posso escutar o doce contacto de pingos de seiva sobre uma pequena poça, a tempestade enfim se foi. Temo olhar e não vê-lo ou ser obrigada a olhar para trás em busca do seu perfume e ter tal certeza. Enquanto eu espero calmamente enfim algo acontecer, algo me dar um sinal, eu vou caminhando. Não sei bem quando e não tenho certeza de onde tudo isso vai acabar, com a total esperança eu vou seguindo. Só te pesso que me diga o que fazer. Apenas me diga, pois tenho sido como uma boneca. Posso me desligar quando necessário, apenas me diga se devo apertar o botão e seguir o rumo que traçaram pra mim. Bonecas não tomam decisões ou possuem sentimentos, mas você em algum momento me tornou uma boneca diferente.

Doce.. falsidade




Perdão mas minha garganta está seca de mais para me permitir sonhar, meus lábios estão sangrando e meus dentes insistem em cortá-los. O sangue que tento fazer esvair-se não vai embora, o coração que tento silenciar não para. Porque? Minhas lagrimas agora possuem um dono amargurado, a mentira. Como seria acordar mais uma manhã, seguir sua rotina e descobrir que todos são mentirosos? Como seria abrir os olhos e ver quão falsos seus melhores amigos são? Como seria ver nos lábios deles o sorriso de ironia quando você vê uma amizade se esvaindo?
Eu queria não ter acordado, queria ter permanecido com os olhos fechados e não voltar para lá, aonde todos são falsos e egoístas. Aquela em quem eu confiei tudo, nada tem de verdadeiro. Eu mesma vendei meus olhos e não enxerguei, quando ela se referia aos outros daquela maneira rude. Quando ela os desprezava, em algum momento ela me martelava. Prefiro me desligar, o tempo com eles este mundo podre está no fim agora.
Eu posso sentir minha mente perder-se, queria acreditar em fidelidade, em amizade verdadeira, em sinceridade, mas tudo isso se foi. Uma escolha errada me obrigara por um ano viver na falsidade. Perdão, mas não suporto mais. A menina de alma transparente não está ao meu lado, aquela que eu realmente deveria chamar de melhor amiga. Enquanto eles riem pelas minhas costas, meus fracos braços amassam aquela nossa foto, com sorrisos falsos de uma amizade irreal. Demorei mas eu me levantei ei garota esnobe, ei garota inerte, você mesma garota superior, você não passa de nada, um simples lixo que ainda não foi jogado fora. Minha visão embaça, e ao fundo escuto gritos, ao fundo escuto me chamarem. Golpes fortes contra uma porta bem trancada, gritos de socorro, gritos por mim. Eu sei que nada disso é real. Vocês doces amigos falsos, nunca foram reais.

20 de jun. de 2011

Caminhar.. sem dia, nem hora.

“Sem dia nem hora, o tic-tac do relógio que você não escuta martela na minha cabeça. Mais de uma semana se passou e eu perdi seus passosna areia, estou perdida no meio do nada. Preciso de ações quando meu ego me interromper me prende e pede pra seguir em frente, em busca de tudo que está me esperando. Quando olho pra traz, algo no meu coração pesa e eu sei que são meus pecados. Por todo o meu dia, pensei em nada alem de você, não me concentrei quando foi exigido, não respondi quando fui chamada, estou perdida. Não aguento mais isso, toda essa confusão.
Meu dedo rasteja sobre as teclas, e escrevo uma mensagem sem nexo, perdão por não enviá-la, talvez não seja o momento. Estive tentando manter tudo isso esquecido, por nós dois, talvez. Procurei tantas vezes formas de esquecer, sons fortes e rítmicos martelavam, sons tão altos. Bebidas doces que me soltavam pessoas que me faziam rir, mas não o meu sorriso com você. Pergunto se é fato que tudo terminou. Questões que não exigirei respostas, meu doce sorriso maroto, quando puder me responder. Se escolher que deve seguir alguns poucos passos que sejam e não fazer planos ao meu lado, estarei aqui, eu creio. Você possui um lema, fico feliz por isso, eu estou em busca do meu, em algum lugar eu sei que ele existe.Eu temo tomar decisões, e de nada valerem, por você simplesmente se esvair de tudo. Então vou caminhar quem sabe algum dia nos encontremos, não?”
A menina com olhos negros flamejantes admirava tudo que havia escrito suas letras algumas vezes saia da linha, mas nada que fosse muito perceptível. Em sua volta um campo de flores, sem borboletas ou pássaros cantando, ela estava sozinha. A menina com uma maquiagem leve e um papel na mão direita, onde uma tatuagem chamava atenção. A menina do Yin Yang no punho cicatrizado, dos olhos baixos e de lábios silenciosos, está caminhando em algum lugar, não sei bem explicar aonde. Ainda me lembro de ouvi-la falar:
-Vou caminhar.
-Por quanto tempo?
Sua consciência perguntou, ela olhou em volta e um rio fundo e sombrio.
-Sem dia, nem hora.
Sua consciencia gritava para ela voltar, sem ao menos um aceno ela foi simplesmente caminhar com uma carta em sua mão. A terra a estava dando mais segurança neste momento, toda essa incerteza de navegar, já nem sabe o que fazer.

18 de jun. de 2011

Aonde você está agora?


"Tornou-se tão insensato sorrir longe de você. Todas as freqüências que escuto ou sinto, parecem ser distantes de nós. Queria ter todas as respostas embora tudo me pareça irreal. Meus olhos negros descansam e procuram a calmaria. O inverno parece realmente tão distante, mas posso sentir o frio na minha pele, o arder em meus olhos, o congelar dos meus lábios. Minha mente vaga e me leva a um lugar aonde uma lareira acesa me aquece de forma incessante. Se for um sonho, não me acorde, se for real eu também preciso de respostas. Enquanto nada descubro, navego em um rio fundo e sombrio. Eu desejo um sorriso que não encontro. Onde você está agora, meu sorriso maroto? Espero não navegar no rio errado, e quem sabe ainda sentir seu doce perfume amadeirado impregnado em minha roupa. Perdão por palavras enxutas e apressadas, mas o tempo corre e eu também tenho duvidas."
Na carta não havia destinatário e nem era necessário, todos sabiam a quem deveria ser entregue. O avião decolara e o rosto da garota loira se apoiara na poltrona, seus olhos se fecharam, o texto havia sido mandado. Ela apenas sonharia, enquanto sua boca murmurava algo como "Aonde está você agora? Além de aqui dentro de mim?"

12 de jun. de 2011

Valentine's day

De olhos fechados me perdi por alguns segundo, me permiti sentir seu perfume amadeirado. Enquanto o cheiro me consumia, sua voz tonteava meus ouvidos. Podia sentir seu gosto em meus labios sem ao menos precisar tocar os seus. Ele susurrava em meu ouvido, algo me apressando, algo como um feliz da dos namorados. Esse seria o nosso dia dos namorados, ao menos pra mim ele se tornou nosso. Rapido de mais, um dialogo breve de mais, minha boca se forçou a perguntar:
-Porque você está fazendo isso?
-Porque eu sou mal.
-Não faça isso por maldade, por favor.
-Não estou fazendo.


Tudo foi rapido de mais, minhas pernas tremeram, meu corpo perdeu todos os movimentos e minhas mãos já não pertênciam a mim. Meu labios se movimentavam de forma que minha mente não controlava. Minha mente implora para que não seja de fato maldade, que não seja vingança e que ele não tenha dito “até” sem motivo qualquer, que meu “tchau” não tenha sido o ultimo, e que mesmo no dia dos namorados, talvez seja simplesmente um novo começo. Novos começos nem sempre são novos, mas eles podem existir. Talvez assim sem questões, você entenda garoto do sorriso maroto.

Dor incerta


Meus olhos abrem com desespero, procuram pela realidade, talvez. Eu olho a minha volta e me do conta, você se afasta mais a cada dia. Olhares se direcionaram pra mim por uma noite, o suficiente pra mim não me sentir tão mal mais, porem você não estivera em nenhum dos olhares que encontrei em mim. Por três vezes me senti pressionada a te esquecer, foram me oferecidas três chances, mas isso me machuca. Eu preciso tirar cada sintoma de você, mas eu ao mesmo tempo desejo toda essa dor em mim.
A primeira das chances que me foi oferecida eu seria acompanhada e guiada, me guardaria, tenho certeza que quando olhasse para ele te veria isso sim me machucaria mais. O segundo era desejado, almejado, como uma opção irrecusável aonde ele era o centro e ainda fui questionada, o verdadeiro problema? não vi nada seu nele. O terceiro como uma necessidade desesperada de não te querer, com frases rudes e hipócritas, mas com uma surpresa. Ele também faria coisas por mim e me protegeria, mas não seria você.
Agora eu vejo as verdadeiras opções e me pergunto, porque e até quando¿ Não sei, e odeio isso. Eu não vou suportar por muito. De nós dois eu ainda guardo uma mala cheia de lembranças, mas não por muito tempo, já mal suporto carregar ela comigo, a dor se tornou presente de mais em minha alma, aqui vou a uma tentativa de adeus pra todos os seus talvez, então me escute, se realmente quer ou precisa me falar algo, fale. Dói de mais viver a tormenta da incerteza, dói de mais gritar e não ser escutada. Não se preocupe esse não será o seu presente.

7 de jun. de 2011

Complicado de mais

Observo-te escondida entre a multidão, seu olhar não se dirige a mim e de certa forma agradeço, temo encontrá-lo e perder minha pouca sanidade. Seu sorriso maroto é tão claro e bonito, seus olhos brilhantes iluminam tudo a sua volta, te ver assim mesmo que de longe me faz bem. Queria poder te abraçar, olhar nos seus olhos e saber que não me odeia. Toda essa incerteza me consome a distância, gostaria de abraçá-lo hoje, eu realmente lhe quero bem e feliz, eu quero que viva.
Seu perfume amadeirado me causaria êxtase, seus olhos me encantariam, seu toque me faria tremer, então mesmo de longe, viva meu garoto de sorriso maroto, espero que viva sempre. Eu me obrigo a continuar caminhando, a te esquecer e voltar pro meu mundo, o copo gelado adormece meus dedos e minha boca recebe esse gosto amargo agradecendo, e pedindo apenas por um meio de perder a sanidade. Tudo é tão incerto, então me manterei aqui, nessa inércia vazia, talvez a rocha se quebre um dia afinal. Tudo se tornou complicado de mais pra poder entender, tudo isso... todo esse agora. Meu sorriso maroto, viva

1 de jun. de 2011

Como um ...


Hoje eu sonho com o meu amanha, hoje eu o desejo. Em meu sonho eu acordo com seus delicados beijos, abro meus olhos e a intensa luz do dia me apresenta você, observamos as borboletas na parede, são tantas. Então vem a realidade, eu me levanto com um sopro violento o sol tenta me aquecer, assim como seus braços fizeram um dia, mas nada se compara. Seu sorriso maroto fazia com que meus lábios se abrissem levemente por reflexo, hoje eles mal apresentam uma mínima fenda que seja. Minha identidade é questionada, não por uma questão de realidade e sim de princípios.
A menina de cabelos castanhos, a garota com sorriso inocente e olhos brilhantes, sempre rodeada por todos, se foi. Em seu lugar nascera à garota de carlifolianas, de sorrisos mortos e brilho opaco, sozinha acompanhada por um livro na mão direita e uma mochila presa no ombro esquerdo, ela escolheu viver. Talvez tenha feito a escolha errada, talvez a certa, mas será que valeu apena? Sim ela sorriu novamente, ela se saíra bem no vestibular, mas como estava sua vida? Ela ainda tinha uma? Ela tinha algo, um futuro certo, mas o garoto de sorriso maroto com certeza não estará lá, disso ela tinha certeza.
Todos os dias quando ela se via em frente à mesma estrada correndo abaixo de seus pés, alguém gritava em seu ouvido “O esqueça, ele não vai voltar nunca.” A esperança ainda resta em partes dentro dela, embora a certeza exista em sua razão, seu coração insiste em não crer. Ela precisa ver, ela precisa presenciar o fim e quem sabe assim ela vai voltar a não crer em amanha. Um dia seu lema foi “Carpe diem” hoje ela luta para achar um, mas tem sido impossível. O dia pra ela já fora tão rodeado de cores como um pana-panã, hoje se tornara negro como o simples vácuo, onde a vida não se propaga.