24 de abr. de 2011

(In)consciência


Minha cama se tornou como meu refugio, meus sonhos criaram meu mundo paralelo, mas não sei se devo temê-los pela sua esperança prometida ou sorrir pelo momentâneo prazer. Abrir os olhos me leva ao desespero habitual, esse mundo já não me pertence. Todos aqueles em quem eu confiei, acreditei e me apoiei desapareceram aos poucos na nevoa densa. Sinto-me em um vagão vazio dentro de um trem perdido sem paradas, os passageiros em sua maioria desceram em pares quando alguns poucos ao menos disseram adeus. Um trem qualquer, desgovernado, sem tripulantes ou passageiros, um trem fantasma que habita uma única alma torturada.
As respostas foram mudas aos gritos de socorro, talvez eu apenas deva aceitar, o tempo passou e meu lugar já não é mais esse, talvez eu nem tenha um lugar propriamente dito ou o meu lugar seja em meus sonhos. Tantas falsas dúvidas.
Sonhos se tornaram reais e a realidade agora só não passa de um pesadelo a onde o destino certo é sempre a solidão. Um coração de vidro vazio, uma mente bagunçada e cheia, uma alma torturada por promessas quebradas, essa talvez seja ela, ela talvez seja eu, ou talvez ambas não sejam mais ninguém.

2 comentários:

  1. E quem nunca passou por isso, achando que está só, achando que vive em um mundo diferente, que para todos parecem sonhos mas para eles parecem pesadelos.

    Gostei :*

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  2. Obrigada, é sempre bom saber que alguem lê e gosta dos meus textos (:

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