29 de nov. de 2010
Estações
28 de nov. de 2010
Desde o início
26 de nov. de 2010
Fotografia
Eu admiro em falso a lembrança paralisada de um tempo que não volta, a fotografia de nosso ultimo riso. Ainda sinto os pequenos braços envoltos do meu pescoço, a voz infantil e doce soprando ventinhos frios na minha bochecha enquanto adormecia. Ainda escuto a sua voz infantil e carinhosa me fazendo perguntas, sinto falta de tudo isso, sinto falta dela. Todos os dias me culpo por ter dirigido aquele carro, por não ter ido mais devagar, por não tê-la protegido.
Seu pequeno coração, com vaciladas parou de bater diante de mim, em minhas mãos seu corpo se tornou mórbido. Seus pequenos dedos frágeis já não me seguravam mais. Sentindo seu ultimo fio de vida deixar seu corpo, minha mente se perde em delírios, procuro um socorro sem conseguir encontrar. Eternamente a culpa será minha por aquele dia não ter lhe presenteado com um único balão que ela pediu, 10 segundos depois poderiam manter a vida de aquele pequeno ser ao qual eu chamava de irmã. Agora pouco vale todos os balões que coloco em seu antigo quarto, ou diante de seu tumulo, eles nunca me darão 10 segundos com ela.
25 de nov. de 2010
Até ... um dia
Todas as noites eu sonho em novamente te abraçar, respirar ao seu lado. Já sinto meus dedos adormecerem, tudo por causa de erros cometidos da minha parte. Delitos que não podem ser reparados. Minha boca seca sente o gosto do ultimo beijo de dois meses atrás, me pergunto se ainda se lembra de mim como eu me lembro de você. Querido talvez eu não devesse lhe enviar esta mensagem, mas minha mente já não faz escolhas, meus sentimentos são mais fortes. Talvez esteja acompanhado de outra agora, ou apenas com mais um copo de cerveja a sua frente, mas saiba que eu ainda sou sua. Perdi o jogo e vou conviver com isso pra sempre, não pudemos ao menos nos despedir. Não sei se te amo, não sei o que eu estou sentindo. Isso dói, isso machuca e esse sentimento é tão forte a ponto de me impedir de te esquecer, eu te quero mesmo não podendo. Talvez um dia quem saiba, eu possa ao menos olhar nos seus olhos de novo e tentar desvendar o que você tanto pensa quando me olha.
Até quem sabe um dia.
Ela tremia diante da janela aberta, seu status indicava ocupado como o dele. O tempo corria e ela não podia esperar por resposta alguma, apenas pressionou o Enter e saiu.Talvez ela receba uma ligação ou talvez ele a ignore completamente, mas nunca poderá dizer novamente que ela não se declarou.
22 de nov. de 2010
Blog
Ela não era linda, seu cabelo não era o mais bonito, ele apenas estava como ela gostava de usá-lo. A sua roupa não era nada provocante e sexy, era apenas normal, já que era apenas o seu uniforme. Seus materiais estavam sendo pressionados com uma força violenta contra o seu corpo não tão sedutor e cheio de curvas. Ela era normal, não havia nada que chamasse tanto atenção, embora alguém um dia tenha dado aos seus olhos um brilho intenso que o mesmo apagou com um sopro violento.
Seu riso era sincero, mas seu desespero era eminente, ela esperou por 15 minutos olhando ao ponto fixo em que ele jurou aparecer. Ela fizera uma promessa de não sofrer mais e a cumpriria a qualquer custo. Ele não chegou, a menina dava passos ligeiros em direção ao carro que a esperava. Havia apenas um lugar pra onde ela queria ir neste momento, sua casa, seu computador, o seu blog. Existia apenas um lugar aonde ela poderia colocar tudo sem medir palavras e se sentir bem, porque mesmo que ninguém lhe desse atenção, ela havia sido real enfim. Ela perdeu o jogo.
18 de nov. de 2010
It is'
Agradecimentos que nunca vão demonstrar minha total gratidão a aquele a quem eu realmente considero um irmão. Sorrisos e lágrimas enxugadas em busca de uma realidade menos mórbida a uma amiga. Marcas no corpo sem qualquer declaração, dúvidas sempre questionadas e respostas que indevidamente são aceitas com constatação parcial.
Com certeza eu reviveria cada passo com alterações drásticas em seus movimentos, e não perderia o jogo.
8 de nov. de 2010
Life would probably be worth !
Acho que tudo vai seguindo como uma maldição. Não suporto mais essa sina que tanto me prende, por mais que meus olhos voltem a brilhar minha mente a vagar em um mundo de delírios calmantes e mesmo que meus lábios se abram em um leve sorriso sempre existem lagrimas a se derramar. Pouco vale a adrenalina que penetra por todo meu corpo quando depois isso causa conseqüências desastrosas. Isso é pura ironia, sempre que eu me abro e fico bem algo acontece, algo me prende e me impede de continuar seguindo.
“Life would probably be worth!”. Tudo que vem muito fácil vai muito fácil, talvez seja por isso que minha vida seja constituída de um instável equilíbrio elaborado por seus membros. Agradeço a cada dor sentida e expressada pela minha face amargurada os poucos abraços realmente reconfortantes, as poucas palavras que realmente valem apena escutar. Pode não ser agora, mas aquela da alma pura e transparente como a de uma criança sem delitos cometidos me faz acreditar que a vida provavelmente vá valer a pena, eu torço pra que sim, pois a cada dia o mundo se torna mais hipócrita, e esses poucos momentos de luar iluminado vão sendo escondidos por tempestades devastadoras.
"A vida provavelmente vale a pena"