28 de mai. de 2011

Simplesmente o nada


Encontro-me sentada em meio ao nada, aonde ninguém pode me escutar. Minha garganta está coçando, eu preciso gritar, eu preciso ser ouvida. Minha boca mal se abre e o som se contrai dentro de mim. Talvez seja meu orgulho ou meu medo. Um orgulho bobo de quem pensa unicamente em si, um medo repugnante que me faz viver nessa maldita inércia. Sem ninguém ao meu lado, o vento chicoteado minha face, o frio exposto por meus lábios trêmu-los, o tic-tac me chama atenção. O tempo passa, o ano passa e eu continuo no mesmo lugar, eu quero gritar, preciso que olhe pra mim, que me veja.
“Você não me enxergar? É você, você não se encontra descrito? É você, meu .... Está ocupado de mais pra mim? Porque não me da ao menos um sinal do que pensa? Olhe pra mim, me faça sorrir, me faça viver, caminhe ao meu lado. Hey por que você não me vê? Ao menos me responda, sorria ou me ignore, você sabe.” Minha mente gritava, meu corpo gritava porem minha boca jamais gritaria, e você jamais ouviria, você está longe de mais e ocupado de mais pra mim. Hoje eu sei que o porquê, você está ocupado de mais, estranhamente eu fico feliz por isso. Sorria e viva, eu vou continuar admirando o silêncio e sua plenitude, talvez algum dia eu consiga gritar.
Volto a olhar pro nada, quem sabe lá seja o meu lugar.

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