8 de jul. de 2011

Seguindo


“Eu estou me tornando mais à-vontade com a sua ausência. Eu me esquecerei de cada gosto, de cada lembrança, me de tempo e você viverá sem vestígios meus. Estranhamente meus lábios se abriram em sinal de seus sorrisos, eu estou me despedindo. Não sorrio com você, mas quero sorrir por você. Posso ser de outro tempo, mas não quer dizer que ainda não combinamos apenas não nos pertencemos mais. A fotografia sempre vai ficar guardada, mas apenas guardada. Quando um dia eu puder admirá-la sem romper certas dores eu as admirarei e sorrirei com você até que meu tempo acabe. Nós nos encontramos em algum lugar, agora sorria e vá encontrar quem realmente lhe pertence. Em momento algum minha intenção foi quebrar você. Depois, um dia você a encontrará, eu tenho certeza disso. Não será fácil pra mim me prender, mas algum dia eu provavelmente poderei tentar, se realmente voltar a sentir tudo isso. O sol se apagou e a lua surgiu e nós ainda não nos conhecemos. Não há o que encontrar. Sem portas meio abertas, cuidei muito bem de trancar as janelas, então, por favor, siga-se. Se você foi embora talvez seja a hora de ir embora para casa, estou te livrando de todo esse fardo.”
Foi estranho de mais escrever cada palavra, mas ela tinha certeza de uma coisa, ela precisava permitir que ele vivesse. Ela admirava a vida seguindo seu rumo autêntico sem pertinências. A carta foi colocada na caixa do correio assim que ela vira o ônibus passar. Sua mochila parecia tão leve em suas costas como se nada realmente estivesse ali. Sem olhar para trás ela embarcou e fechou os olhos. Ela agora estava indo em busca da felicidade, esteja onde estiver. Pode ter demorado, mas ela viu que ele não a pertencia mais.

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