24 de jul. de 2011

Reconhecer



Minha mente me negou cada delírio, nada de goles quentes ou gelados, nada de uma doce ilusão. Meu corpo mesmo que pouco correspondeu a certas músicas, meu sorriso correspondeu a certas frases, mas em momento algum minha alma esteve ali comigo. O som que fazia meus ouvidos zumbir e sentia dentro de mim, como se nada me preenchesse. Pela primeira vez me permiti tentar viver mas sendo um eu que descobri em cada segundo de uma longa noite fútil. A noite mais diferente de todas, e aquela que jamais vou esquecer.
Não me reconheço, mas não signifique que me perdi. Sinto-me presa a algo que não sei, como se estivesse amarrada a algo da qual não me permiti fugir. Não sei bem o que ou como mas algo mantém certa gravidade em mim e ainda consigo respirar embora sem motivo. De certa forma eu posso sorrir e respirar mesmo que de forma parcial. Um dia eu sei que em algum lugar eu vou sorrir de forma profunda e verdadeira e nesse momento sim eu vou sentir meu coração bater novamente, minha alma ainda me faz acreditar.

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