8 de jul. de 2011

Doce sonho alheio

Fecho os olhos e ainda sinto o gosto do beijo dele, ainda sinto seu toque suave sobre minha pele, ainda sinto o seu perfume amadeirado. Tudo isso não passa de uma lembrança, e isso dói. Queria poder olhar fundo nos seus olhos e lhe obrigar a me dizer. Preciso que ele me diga que não é um sonho, que não foi por maldade, e que em alguma parte dentro dele ele sente algo por mim. Eu sei do que preciso e eu sei o que eu desejo, mas tenho total consciência de que isso jamais vai acontecer.

Então novamente estou fechando meus olhos, me permita ao menos sonhar com algum momento mágico. O vento frio roça meu rosto, faz minha pele se arrepiar e eu sinto meus lábios se congelarem levemente. O cheiro do doce orvalho da manha me faz apenas desejar cada vez mais que nós ainda estivéssemos juntos. Em vez de blusas grossas eu queria seus braços em minha volta, eu trocaria o orvalho pelo seu perfume, e eu trocaria tudo por algum momento. Se ainda me permite vou voltar a sonhar, neles ainda me restam alguns respingos daquele beijo doce, alguns leves respingos de esperança nessa estrada. Eu sobrevivo sobre esse doce sonho alheio a realidade obrigada.

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