25 de jul. de 2011

Desequilibrio


Depois de tanto tempo e tantas histórias, tudo voltou ao mesmo de antes. Em meus lábios um gosto amargo, a bebida queimava enquanto descia em minha garganta, meus olhos estavam vidrados em nada. O cigarro estava no fim, estático em meus dedos, meu corpo estava pálido e gélido Em minha volta o sangue era de um vermelho vivido, e ainda parecia de certa forma fresco, o mais estranho não era sentir e sim me observar. Eu me observava sem vida.
Então como um sopro inesperado, eu abro meus olhos e estou sentada, minhas mãos seguram com força o volante embora o carro não esteja em movimento, preciso decidir para onde ir. Eu poderia me culpar por cada sentimento estranho fervendo dentro de mim, se eu ao menos os entendesse. Perguntas sem respostas sempre permanecerão, e eu desisti de procura-las. Ao fechar os meus olhos eu descobri que me encontro em situações inusitadas. Queria por um momento estar longe daqui e longe de tudo, meu lugar não seria entre o céu e o inferno e menos ainda inerte em um dos lados.
Enquanto nada descubro em meu futuro, continuo com minha vida patética Minha vida grita por mim, insiste em sufocar os meus desejos e o tempo passa. Tenho que fazer algo. Enquanto isso me mantenho aqui sentada olhando para esta longa estrada, implorando para que alguém me obrigue a correr. Imploro por um pouco de adrenalina. Os riscos físicos me fascinam já que minha alma está tão deteriorada.

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