26 de jun. de 2011

Will you listen to my story?


Lá estava ela novamente, sentada em seu carro, dirigindo para um lugar qualquer. Em seus lábios o gosto amargo da garrafa na metade. Enquanto levemente levava aquele liquido forte em seus lábios, o som grave a sua volta fazia tudo tremer. A mensagem anônima não saia da sua mente “Correr atrás do que deseja, não quer dizer que irá alcançar. Mas se você não tentar, como irá saber?”. Unhas roídas, cabelo bagunçado, mente atordoada. Não sei dizer como nem o porquê ela está assim. No banco do carro vão acumulando seus cigarros e garrafas vazias. Ela apenas está dirigindo. Enquanto o vento frio corta o seu rosto, seu cabelo se debate contra o nada, seus olhos pedem por um descanso. A doce menina de olhos negros e cabelo castanho com mechas loiras, precisa descansar.
Seus olhos se fecham por alguns instantes e seus lábios se abrem em um meio sorriso. Por poucos segundos eles permaneceram fechados. Tempo suficiente para que ela sonhasse que seu telefone tocara e tempo o suficiente para ela tomá-lo em suas mãos. Ao abrir os olhos à estrada vazia corria rápido abaixo de seus pés, ela disca o número e o admira. Ela deixa o celular cair sobre seu colo. De longe pode se ouvir o motor de um Chevrolet Impala 1967 modificado rugir. O ponteiro perdeu o rumo, o caminho a sua volta corre. Pra onde ela está indo? Talvez ela só vá descobrir quando chegar. Seus dedos pálidos aumentam o som “Sorry-Daughtry”.

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